Maritimo at the moment one of the top 4 teams in the portuguese league, going to have a hard time in Guimaraes game for Sat 19:15pm/2:15 pm, NY time
Do 7 ao 47. Minutos que marcam uma partida entre conjuntos a viver situações distintas nesta Superliga. O Vitória de Guimarães parece obrigado a voltar à Terra, depois da eliminação do FC Porto para a Taça de Portugal; um Marítimo cada vez mais adaptado a Mariano Barreto e, por isso mesmo, mais confiante e maduro. Terá sido por aí que dominou a primeira parte, justificando amplamente a vantagem conseguida por Manduca. Bem diferente a segunda metade, com Manuel Machado a ler bem o desenrolar dos acontecimentos e a tirar benefícios do risco assumido ainda antes de se comprovar se tais regalias tinham justificação na qualidade de jogo vimaranense. A expulsão de Evaldo e o tento da igualdade caíram do céu mas favoreceram uma etapa complementar aberta e agradável, em muito graças a um Marítimo que não alterou a sua filosofia por estar numericamente reduzido. Ambas as equipas procuraram a vitória e o empate acaba por ser, em função disso mesmo, um resultado justo. Ainda assim, pede-se muito mais a este Vitória. Em situação complicada na tabela, o Vitória voltava a casa, ao terreno que vira a queda do campeão FC Porto na Taça de Portugal. O clima de entusiasmo entretanto refreado em Setúbal exigia, por isso mesmo, novo recomeço, tanto mais que a situação dos vimaranenses nesta Superliga está longe de ser agradável. Disfarçado nos nomes, o esquema de Manuel Machado parecia menos conservador do que o habitual, ainda que houvessem a registar as ausências de Silva e, sobretudo, de Nuno Assis. Com Rui Ferreira e Moreno no banco, Flávio Meireles parecia ser o único trinco, desfazendo a tendência do ex-treinador do Moreirense recorrer a dois médios de características defensivas. O quarteto mais recuado não apresentava alterações, Djurdjevic actuava na esquerda, Romeu era a unidade mais adiantada e tinha Luís Mário e Marco Ferreira nas costas, sendo que o ex-FC Porto devia descair para a direita. Sobrava Bráulio Leal, um perdido no terreno. O chileno parecia ter indicações para actuar perto de Meireles quando a equipa não tinha a posse de bola e parecia confuso quando o Vitória tinha o controlo do esférico. Foi, em suma, ineficaz junto do trinco, inútil nas incursões pela direita, inconsequente na organização de jogo. Relativamente aos insulares, em posição mais do que tranquila e vindos de uma saborosa vitória sobre o Sporting de Braga, Barreto apostava num esquema móvel mas nunca anárquico. O trunfo Bibishkov mantinha o estatuto (trunfo), sendo a titularidade entregue a Manduca e a Zumbi, que tinham Léo Lima por perto e Alan na direita. Chaínho tinha Evaldo ao lado mas foi sempre mais eficaz do que o companheiro. Atrás, Luís Filipe regressava à lateral e tinha indicações para explorar toda a ala, sempre ajudado por Alan. Foi, de facto, por aí que os madeirenses criaram grande parte dos seus bons lances, com Léo Lima e Manduca a semearem o pânico junto do último reduto vimaranense. Numa dessas iniciativas, Luís Filipe trabalhou para a entrada de Manduca, que matou no peito e tocou com subtileza para o fundo da baliza de Palatsi. O Marítimo era um conjunto cada vez mais tranquilo, o Vitória via crescer a pressão em torno da necessidade de alcançar um bom resultado. Estes estados de espírito favoreceram a tendência da primeira parte, com os visitados a actuarem mais com o coração do que com a cabeça e os pupilos de Barreto a construírem lances de perigo junto das redes vitorianas. Se o técnico dos insulares percebeu que Bibishkov podia ser útil para dar a estocada final (trocou o ineficaz Zumbi pelo goleador búlgaro), Manuel Machado insistia no conservadorismo, vendo os seus jogadores encalhar junto da baliza de Marcos. A ousadia de ex-seleccionador ganês não era recompensada, Machado era obrigado a trocar Marco Ferreira, lesionado, por Alex. O intervalo chegou e exigiam-se mexidas no Vitória, sob pena de o Marítimo matar o jogo. Esteve bem neste particular o técnico dos minhotos, que viu a sua leitura premiada imediatamente após. Tudo num mesmo lance, iniciado com a expulsão de Evaldo, por acumulação de amarelos. Ainda que assistido pela lei, Lucílio Batista parece ter aplicado, mais uma vez, a lógica do "quero, posso e mando". É certo que a falta existe mas uma simples repreensão verbal teria resolvido a situação. Rafael, entrado para o lugar do perdido Bráulio Leal, começou por expulsar um insular. Melhor só depois do golo de Dragoner, na ressaca a uma péssima defesa de Marcos, que devolveu para a frente o livre inofensivo batido por Bessa. Chegava-se ao empate, ainda antes de Barreto pensar num modo de retocar o buraco criado pela expulsão. Se vinha debatendo essa hipótese, abandonou-a após o golo do húngaro, uma vez que manteve os jogadores em campo. Ou seja, tenha em Chaínho a única unidade claramente defensiva do miolo, numa clara intenção de tentar ganhar o jogo. Salutar... O jogo ficou então bastante aberto, com "bola cá, bola lá". Destacavam-se Rafael, do lado minhoto, e Manduca, no conjunto madeirense, ainda que nenhum deles tenha logrado chegar ao ambicionado tento da vitória. O empate acaba por ser justo e satisfatório para ambos os conjuntos, ainda que Manuel Machado deva rever algumas das suas filosofias de jogo. Barreto está de parabéns pela organização e harmonia do futebol insular, pela coragem demonstrada após a expulsão de Evaldo. Fica a ganhar a Superliga... Ficha do Jogo Partida no D. Afonso Henriques, Guimarães Sábado, 6 de Novembro de 2004 - 19:15 Árbitro - Lucílio Batista Guimarães - Palatsi; Bessa, Dragoner, Cléber e Rogério Matias; Flávio Meireles, Bráulio Leal (Rafael, 46´), Djurdjevic, Luís Mário (Carlos Carneiro, 74´) e Marco Ferreira (Alex, 42´); Romeu Marítimo - Marcos; Luís Filipe, Tonel, Mitchell e Eusébio; Chaínho, Evaldo, Alan e Léo Lima; Zumbi (Bibishkov, 33´; Souza, 85´) e Manduca 0-1 por Manduca, aos 7´ 1-1 por Dragoner, aos 47