Guimaraes vs Maritimo [R] Sat

Discussion in 'Portugal' started by Frank Cunha, Nov 5, 2004.

  1. Frank Cunha

    Frank Cunha New Member

    Sep 17, 2001
    UNION TOWNSHIP, NJ
    Maritimo at the moment one of the top 4 teams in the portuguese league, going to have a hard time in Guimaraes
    game for Sat 19:15pm/2:15 pm, NY time
     
  2. _DvA_

    _DvA_ New Member

    Sep 28, 2004
    Almada, Portugal
    final score 1-1, Manduca scored for Maritimo, but Dragoner tied the game
     
  3. _DvA_

    _DvA_ New Member

    Sep 28, 2004
    Almada, Portugal
    Do 7 ao 47. Minutos que marcam uma partida entre conjuntos a viver situações distintas nesta Superliga. O Vitória de Guimarães parece obrigado a voltar à Terra, depois da eliminação do FC Porto para a Taça de Portugal; um Marítimo cada vez mais adaptado a Mariano Barreto e, por isso mesmo, mais confiante e maduro. Terá sido por aí que dominou a primeira parte, justificando amplamente a vantagem conseguida por Manduca. Bem diferente a segunda metade, com Manuel Machado a ler bem o desenrolar dos acontecimentos e a tirar benefícios do risco assumido ainda antes de se comprovar se tais regalias tinham justificação na qualidade de jogo vimaranense. A expulsão de Evaldo e o tento da igualdade caíram do céu mas favoreceram uma etapa complementar aberta e agradável, em muito graças a um Marítimo que não alterou a sua filosofia por estar numericamente reduzido. Ambas as equipas procuraram a vitória e o empate acaba por ser, em função disso mesmo, um resultado justo. Ainda assim, pede-se muito mais a este Vitória.

    Em situação complicada na tabela, o Vitória voltava a casa, ao terreno que vira a queda do campeão FC Porto na Taça de Portugal. O clima de entusiasmo entretanto refreado em Setúbal exigia, por isso mesmo, novo recomeço, tanto mais que a situação dos vimaranenses nesta Superliga está longe de ser agradável. Disfarçado nos nomes, o esquema de Manuel Machado parecia menos conservador do que o habitual, ainda que houvessem a registar as ausências de Silva e, sobretudo, de Nuno Assis. Com Rui Ferreira e Moreno no banco, Flávio Meireles parecia ser o único trinco, desfazendo a tendência do ex-treinador do Moreirense recorrer a dois médios de características defensivas. O quarteto mais recuado não apresentava alterações, Djurdjevic actuava na esquerda, Romeu era a unidade mais adiantada e tinha Luís Mário e Marco Ferreira nas costas, sendo que o ex-FC Porto devia descair para a direita. Sobrava Bráulio Leal, um perdido no terreno. O chileno parecia ter indicações para actuar perto de Meireles quando a equipa não tinha a posse de bola e parecia confuso quando o Vitória tinha o controlo do esférico. Foi, em suma, ineficaz junto do trinco, inútil nas incursões pela direita, inconsequente na organização de jogo.

    Relativamente aos insulares, em posição mais do que tranquila e vindos de uma saborosa vitória sobre o Sporting de Braga, Barreto apostava num esquema móvel mas nunca anárquico. O trunfo Bibishkov mantinha o estatuto (trunfo), sendo a titularidade entregue a Manduca e a Zumbi, que tinham Léo Lima por perto e Alan na direita. Chaínho tinha Evaldo ao lado mas foi sempre mais eficaz do que o companheiro. Atrás, Luís Filipe regressava à lateral e tinha indicações para explorar toda a ala, sempre ajudado por Alan. Foi, de facto, por aí que os madeirenses criaram grande parte dos seus bons lances, com Léo Lima e Manduca a semearem o pânico junto do último reduto vimaranense.

    Numa dessas iniciativas, Luís Filipe trabalhou para a entrada de Manduca, que matou no peito e tocou com subtileza para o fundo da baliza de Palatsi. O Marítimo era um conjunto cada vez mais tranquilo, o Vitória via crescer a pressão em torno da necessidade de alcançar um bom resultado. Estes estados de espírito favoreceram a tendência da primeira parte, com os visitados a actuarem mais com o coração do que com a cabeça e os pupilos de Barreto a construírem lances de perigo junto das redes vitorianas. Se o técnico dos insulares percebeu que Bibishkov podia ser útil para dar a estocada final (trocou o ineficaz Zumbi pelo goleador búlgaro), Manuel Machado insistia no conservadorismo, vendo os seus jogadores encalhar junto da baliza de Marcos. A ousadia de ex-seleccionador ganês não era recompensada, Machado era obrigado a trocar Marco Ferreira, lesionado, por Alex.

    O intervalo chegou e exigiam-se mexidas no Vitória, sob pena de o Marítimo matar o jogo. Esteve bem neste particular o técnico dos minhotos, que viu a sua leitura premiada imediatamente após. Tudo num mesmo lance, iniciado com a expulsão de Evaldo, por acumulação de amarelos. Ainda que assistido pela lei, Lucílio Batista parece ter aplicado, mais uma vez, a lógica do "quero, posso e mando". É certo que a falta existe mas uma simples repreensão verbal teria resolvido a situação. Rafael, entrado para o lugar do perdido Bráulio Leal, começou por expulsar um insular. Melhor só depois do golo de Dragoner, na ressaca a uma péssima defesa de Marcos, que devolveu para a frente o livre inofensivo batido por Bessa. Chegava-se ao empate, ainda antes de Barreto pensar num modo de retocar o buraco criado pela expulsão. Se vinha debatendo essa hipótese, abandonou-a após o golo do húngaro, uma vez que manteve os jogadores em campo. Ou seja, tenha em Chaínho a única unidade claramente defensiva do miolo, numa clara intenção de tentar ganhar o jogo. Salutar...

    O jogo ficou então bastante aberto, com "bola cá, bola lá". Destacavam-se Rafael, do lado minhoto, e Manduca, no conjunto madeirense, ainda que nenhum deles tenha logrado chegar ao ambicionado tento da vitória. O empate acaba por ser justo e satisfatório para ambos os conjuntos, ainda que Manuel Machado deva rever algumas das suas filosofias de jogo. Barreto está de parabéns pela organização e harmonia do futebol insular, pela coragem demonstrada após a expulsão de Evaldo. Fica a ganhar a Superliga...


    Ficha do Jogo
    Partida no D. Afonso Henriques, Guimarães
    Sábado, 6 de Novembro de 2004 - 19:15
    Árbitro - Lucílio Batista

    Guimarães - Palatsi; Bessa, Dragoner, Cléber e Rogério Matias; Flávio Meireles, Bráulio Leal (Rafael, 46´), Djurdjevic, Luís Mário (Carlos Carneiro, 74´) e Marco Ferreira (Alex, 42´); Romeu

    Marítimo - Marcos; Luís Filipe, Tonel, Mitchell e Eusébio; Chaínho, Evaldo, Alan e Léo Lima; Zumbi (Bibishkov, 33´; Souza, 85´) e Manduca

    0-1 por Manduca, aos 7´
    1-1 por Dragoner, aos 47
     

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