Sporting is celebrating it's 99th birthday today. The countdown is on for 100! Parabéns pra você, grande Sporting Clube de Portugal!!!
Cronologia 1902 1 de Junho Um grupo de aristocratas lisboetas liderados por Francisco Horta Gavazzo, funda o Sport Clube de Belas, o mais distante antepassado do Sporting Clube de Portugal. 1904 O mesmo núcleo de entusiastas, a que se juntou José Alvalade, decide mudar o emblema de Belas para a capital, alterando-lhe, naturalmente a designação. Cria-se o Campo Grande Foot-Ball Club. 1906 1 de Julho Divergências no novo clube do Campo Grande, leva a facção que pretendia a sua vocação puramente desportiva, com José Alvalade à cabeça a fundar um novo emblema. Nascia o Sporting Club de Portugal. 1907 3 de Fevereiro Com menos de um ano de vida, o Sporting disputa o seu primeiro desafio de futebol num torneio de segunda categoria. Frente ao Cruz Negra, a recém-criada equipa perde por 5-1. 1907 1 de Dezembro Este dia assinala o primeiro dérbi de sempre. Perante o ainda denominado Grupo Sport Lisboa, o Sporting vence por duas bolas a uma, contando a sua equipa com oito antigos jogadores do adversário. 1915 28 de Março O futebol leonino celebra a sua primeira conquista relevante, ao bater o Benfica por 3-1 no Lumiar e, em consequência levantar o troféu de campeão de Lisboa, façanha que repetiria por mais 17 ocasiões. 1919 4 de Maio No seu primeiro confronto com o futuro rival FC Porto, os verde e brancos "esmagam" o adversário por 11-1! No dia seguinte, consegue vitória maior ao aplicar 16 bolas sem resposta ao Sporting de Espinho. 1928 15 de Julho Os leões estreiam o seu tradicional equipamento listado verde e branco no primeiro dos quatro desafios disputados durante uma digressão pelo Brasil. No Estádio das Laranjeiras, o Sporting é derrotado pelo Fluminense (1-4). 1930 1 de Julho No dia do 24º aniversário do Sporting, Francisco Stromp, das mais importantes figuras da vida do clube, coloca termo à vida na estação de Sete Rios, empobrecendo a família desportiva nacional. 1933 10 de Setembro O ciclista Alfredo Trindade vence a Volta a Portugal, na primeira vitória individual dos lisboetas na conceituada prova. Seria o primeiro de muitos feitos dos leões na popular modalidade. 1937 17 de Outubro Estreia de Peyroteo, que marca dois dos sete golos sem resposta aplicados ao Casa Pia. Em 12 épocas de leão ao peito, terminou sempre com mais golos marcados que jogos disputados, sendo o mais produtivo avançado-centro do futebol português. 1941 22 de Junho Poucos dias depois de vencer o seu primeiro Campeonato, o Sporting inscreve pela primeira vez o seu nome na lista de vencedores de uma "dobradinha", ao vencer, neste dia, a Taça de Portugal. 1946 24 de Novembro O primeiro jogo do Campeonato em que alinham pela primeira vez os famosos "Cinco Violinos" termina com um "placard" inusitado: 9-5 ao Famalicão, em casa deste. Sinal dos dias que viriam... 1949 10 de Abril Na última ronda do Campeonato Nacional, os leões vencem o Guimarães fora de portas por 3-1, confirmando o primeiro "tri" do historial leonino. A lenda dos "Violinos" terminava aqui, com o final de carreira de Peyroteo. 1954 16 de Maio Já campeão, o Sporting vence o Benfica por 3-2, festejando o primeiro "tetra" do futebol português. Este triunfo termina a mais dourada fase dos lisboetas nas provas nacionais, sendo o sétimo título em oito épocas! 1956 10 de Junho No Dia de Portugal, é inaugurado o Estádio José Alvalade, futura casa do Sporting nos 47 anos que se seguiriam. Na grande festa leonina participaram 1500 atletas do clube. No primeiro encontro, o Vasco da Gama venceu por 3-2. 1964 15 de Maio Graças ao canto directo apontado por Morais, os lisboetas obtêm a sua mais importante vitória europeia em futebol ao vencer o MTK de Budapeste na finalíssima da Taça dos Vencedores de Taças. 1966 2 de Maio Graças a uma grande exibição de Peres, Figueiredo e seus pares, o Sporting de Otto Glória conquista o Campeonato Nacional ao vencer por 2-1. Os leões são ainda o clube mais representado no Mundial de 1966, ao ceder oito jogadores aos "Magriços". 1974 19 de Maio No Barreiro, Yazalde marca o último dos 46 golos apontados numa só época, estabelecendo uma marca ainda por quebrar e "oferecendo" mais uma taça de campeão para as vitrinas de Alvalade. 1977 18 de Junho O "dream-team" do hóquei em patins leonino, e também nacional, é a primeira equipa lusa a vencer a Taça dos Campeões Europeus. Depois dos 6-0 da primeira mão em Alvalade, Livramento e seus pares tornam a vencer o Villanueva, em Espanha, por 6-3. 1982 9 de Maio O fantástico Sporting de Allison assegura o 16º título de campeão ao vencer o Estoril por 3-0 na Amoreira. Este feito seria muito recordado por demorar 18 dolorosos anos a repetir. 1984 2 de Julho O atletismo confirma-se como principal fonte de alegria do grémio de Alvalade. Fernando Mamede protagoniza o primeiro grande momento, ao bater o recorde mundial dos 10 mil metros. 1984 13 de Agosto O leão Carlos Lopes torna-se o primeiro atleta português a vencer a medalha de ouro olímpica, ao cortar a meta na maratona em Los Angeles. O feito orgulhou o País e o clube de Alvalade. 1986 14 de Dezembro Numa das mais inesquecíveis tardes do antigo Estádio de Alvalade, o Sporting humilha o arqui-rival Benfica por 7-1. Manuel Fernandes é a grande figura do encontro ao assinar quatro tentos. 1995 10 de Junho Pela primeira vez em 13 anos, os adeptos leoninos encontram motivos para voltar a vibrar com o futebol do clube. Sob as ordens de Carlos Queirós, o Sporting vence a final da Taça de Portugal, superando o Marítimo por 2-0. 2000 14 de Maio Após uma travessia no deserto que perdurou 18 anos, o Sporting volta finalmente a sagrar-se campeão nacional. A turma comandada por Inácio garante o título na última ronda, ao derrotar (4-0) o Salgueiros, em Paranhos. 2003 6 de Agosto Noite de gala leonina na abertura de uma nova era: o novo Estádio José Alvalade é inaugurado. A equipa porta-se à altura do evento e bate o poderoso Manchester United por 3-1.
JOSÉ ALVALADE O pai do Sporting Não fosse a indómita vontade de José Holtreman Roquette, vulgo José Alvalade, em quebrar com a tradição lúdica intrínseca às colectividades desportivas de origem aristocrata do início do passado século e o Sporting simplesmente não teria existido. O neto do Visconde de Alvalade recorreu aos favores do avô para criar um clube tão grande como os europeus e cumpriu a promessa. Depois de fundar o emblema leonino em 1906, escolhendo as suas cores e emblema, José Alvalade ainda presidiu aos destinos do clube entre 1910 e 1912. Por ironia do destino, foi afastado por divergências com outros dirigentes, mas para sempre ficou eternizado como o fundador do clube, emprestando o seu nome ao estádio do clube.
FRANCISCO STROMP O "senhor Sporting" Esforço, dedicação, devoção e glória, lema do Sporting, começou por unificar-se na figura de um só homem: Francisco Stromp. Um dos 19 fundadores do clube em 1906, foi o principal impulsionador do futebol como sua principal modalidade, colocando-se sempre na primeira linha em todos os casos que a tal dissessem respeito. Atleta de apreciáveis recursos e de uma lealdade que cativava colegas e adversários, a sua postura galante serviu de exemplo a gerações. Minado pela sífilis, sentiu-se impedido de viver com dignidade. A 1 de Julho de 1930, data do 24º aniversário do Sporting, abriu os braços em plena linha férrea e foi ao encontro do expresso que fazia a ligação Lisboa-Madrid, em Sete-Rios. Morreu o homem, ficou a obra do eterno sócio nº 2.
De um piquenique, nasceu uma lenda De Belas ao Campo Grande passaram os antecessores do Sporting Clube de Portugal. O sonho de José Alvalade em formar um clube desportivo, ao invés de uma agremiação dedicada a beberetes e festins aristocratas, foi vital. Em 1906, deu-se o primeiro passo para a fundação do clube, durante um piquenique... Nos alvores do século XX durante o estertor da monarquia, a nobreza de Lisboa privilegiava as paisagens de Belas, Sintra e Cascais para gozo do Verão. Foi precisamente neste ambiente que nasceu o Sporting Clube de Portugal, ou melhor, foi plantada a semente que o originou, uma vez que o leões adoptam como data de fundação o dia em que passaram a ter o nome pelo qual respondem e não de um clube seu antecessor. Em Junho de 1902, Francisco Gavazzo e o seu irmão José Maria, residentes no Campo Grande, criaram o Sport Clube de Belas, agremiação fundada naquela localidade por ali reunir a fidalguia lisboeta durante as férias. No entanto, a fugaz existência deste clube resumiu-se a um único "match" de futebol, frente a um grupo de Sintra, a 26 de Agosto do mesmo ano. No Verão do ano seguinte, os irmãos Gavazzo, a par de José Alvalade e José Stromp, entre outros, optaram por mudar o clube e proceder à sua reestruturação, de modo a que a actividade desportiva pretendida por este núcleo de entusiastas estivesse mais próxima de suas moradas. Em 1904, após reunião mantida na Pastelaria Bijou, à Avenida da Liberdade, criou-se o Campo Grande Foot-Ball Club, emblema anunciado nas publicações da época como "constituído por elementos de boas famílias". A sede do clube estabeleceu-se no solar dos Pinto Basto, na zona fronteira entre o Campo Grande e o Lumiar, e atraiu a elite da capital. A agremiação dedicava-se tanto a actividades desportivas ao ar livre - em especial o futebol -, como a outras iniciativas de natureza lúdica, desde bailes até ao jogo da rosa. Contudo, os elementos pertencentes ao clube discordaram da orientação a seguir. Num piquenique, a 13 de Abril de 1906, José Alvalade liderou a facção defensora do desporto, confrontando o grupo que admitia apenas que a colectividade se dedicasse exclusivamente a todo o tipo de festins que não envolvessem competição. José Alvalade soltou então a frase lapidar. "Vou ter com o meu avozinho e ele me dará dinheiro para fazer outro clube!" A 26 de Maio foi adoptada a designação Campo Grande Sporting Club. Pouco depois, a 1 de Julho, por sugestão de António Félix da Costa Júnior, passou a designar-se como Sporting Club de Portugal, tendo como seu fundador, presidente da direcção e sócio protector Alfredo Augusto das Neves Holtreman, Visconde de Alvalade, o tal avô endinheirado. Assim nasceu uma lenda do desporto nacional e europeu.
1907 - O primeiro emblema O emblema do Sporting teve origem no Verão de 1905, nas conversas tidas em Cascais entre José Holtreman Roquette (José Alvalade), os primos José Roquette, António Rebelo de Andrade e D. Fernando de Castelo Branco (Pombeiro). José Alvalade pede a D. Fernando Castelo Branco (Pombeiro), para autorizar a utilização do leão rompante do seu brasão como símbolo do clube. Pombeiro dá autorização, mas pede que o fundo não seja azul, igual ao brasão. Os quatro escolhem o verde, cor que expressa a esperança de sucesso do novo clube. Em 1907 a Casa Anjos, de Lisboa, apresenta o símbolo: um emblema circular com um leão rompante sobre a inicial da palavra Club, com a inicial da palavra Sporting à esquerda e Portugal à direita, em prata, com fundo verde.
1913 - Inspiração veio da Alemanha Em 1910 Hugo Morais Sarmento regressou da Alemanha para ingressar no Sporting, como guarda-redes, por proposta de Manuel Monterrozo Carneiro. Quando chegou ao Sporting trazia vestido um casaco azul, com uma lapela onde se alinhavam quatro emblemas germânicos. Daqui surgiu a ideia de se mandar confeccionar naquele país emblemas para o Clube. Foi o próprio Morais Sarmento quem desenhou o modelo e se encarregou da encomenda. Os novos emblemas chegaram ao Sporting a 1 de Abril de 1913: um leão rompante branco num escudo de fundo verde, envolvidos por uma cercadura circular preta com o nome do clube escrito a branco.
1930 - A génese dos anos seguintes Em 1923 a direcção do Sporting mandou confeccionar nova remessa de emblemas na Alemanha. Contudo, a assembleia geral realizada em Janeiro nomeou uma comissão que rejeitou os quatros modelos apresentados, um dos quais da autoria de Júlio de Araújo. Em 1930 foi oficialmente adoptado o emblema, que está na génese do que perdurou até 2000: um leão rompante de pé, a branco, com as iniciais a branco por baixo do leão, em fundo verde.
1945 - Destaque para a sigla Em 1945 surge um novo emblema, onde se destacava a sigla do Clube, pela primeira vez a coroar o símbolo. O escudo mantinha o fundo verde, com o leão rompante e a sigla a branco. O símbolo adopta uma forma recortada, em forma de escudo.
1956 - Comemoração do cinquentenário Em 1956, para assinalar a comemoração do cinquentenário, a direcção criou um emblema constituído por um laurel dourado com cercadura em esmalte verde onde estava escrita legenda dourada "50 anos ao serviço do desporto e da Pátria". Na circunferência central, em esmalte branco, estava o emblema oficial do clube.
2001 - Imagem para o século XXI O ano de 2001 marca a consolidação do Sporting como um Clube profissionalizado e apostado em garantir a sustentabilidade económica e desportiva. Para reforçar este posicionamento, o Sporting apresenta uma nova imagem gráfica, mais estilizada, rejuvenescida e adequada ao perfil actual dos 3 milhões de sócios e simpatizantes. A modernização da imagem institucional foi antecedida por diversos estudos de marketing estratégico e tem subjacente uma lógica evolutiva que permitiu desenvolver um emblema coerente com o passado do Sporting: assenta nos valores tradicionais do clube - esforço, dedicação, devoção e glória -, e no símbolo e cor desde sempre associados ao Clube - o leão e o verde. As aplicações desregradas, os diferentes nomes utilizados para definir o clube (no estrangeiro, muitos conhecem-no como Sporting de Lisboa) colaboraram igualmente para criar uma anarquia pouco consentânea com a identidade de um clube que assume como objectivos a liderança no panorama nacional e a notoriedade internacional. A nova solução gráfica, pelo contrário, é unificada e coerente. Sem romper com o passado, apresenta uma imagem contemporânea, institucional, popular e simultaneamente internacional: um reflexo da personalidade e ambição do Sporting, bem como das expectativas dos seus sócios e simpatizantes. O enquadramento foi simplificado mantendo, no entanto, a cor verde e o escudo; foram introduzidas três listas brancas horizontais que remetem para o simbolismo da camisola do clube; as palavras 'Sporting' e 'Portugal', agora escritas por extenso, enfatizam a dimensão nacional do clube e unificam o seu nome a nível internacional; o leão surge mais estilizado e com um impacto reforçado que lhe é conferido pela cor dourada. Como uma coroa, a sigla SCP continua a perpetuar um nome com perto de um século de história. Este símbolo será posteriormente aplicado em todas os suportes institucionais do clube, demarcando uma viragem que, além de visual, é essencialmente estratégica e espelha a aposta na criação de um conjunto de empresas profissionalizadas e rentáveis, na consolidação de uma das marcas portuguesas mais eficaz e na liderança nas áreas desportivas em que está presente.
Quase cem anos de amor a um ideal que se visualiza nas cores verde e branca, no leão combativo e se exerce com esforço, dedicação e devoção na luta pela glória, uma constante da história do Sporting Clube de Portugal. Muita coisa mudou em Portugal e no Mundo entre os fins do século XIX e os começos do século XXI. Em 1892 usou-se pela primeira vez uma rede - de pesca - presa à madeira das balizas de futebol para dissipar dúvidas sobre os golos; hoje, o futebol é talvez o espectáculo mais universal, seguramente aquele que mobiliza o interesse de maior número de pessoas em todos os continentes. Ao longo de quase dez décadas o Sporting tornou-se um símbolo da realidade portuguesa, e também europeia e transcontinental, evoluindo sem descanso mas mantendo-se fiel aos nobres princípios desportivos que nortearam a sua fundação. Fidelidade extensiva ao amor à camisola que lhe devotaram os fundadores. Nos tempos de rigoroso profissionalismo não faltam os atletas que se identificam sem mácula com a mística depositada na camisola do Clube. A camisola começou por ser branca, sobre calções azuis, ao tempo do Sport Club de Belas, o precursor do Sporting. O branco transitou para o Campo Grande Football Club até que, com a fundação do Sporting, em 1 de Julho de 1906, o Clube assumiu o verde como fundo de esperança para a imagem nobre do leão em ouro. A camisola original juntou o verde e branco em duas metades verticais, ainda hoje um dos equipamentos alternativos, conhecido como "Stromp" em homenagem a um dos fundadores do Sporting, talento do futebol e de outras modalidades. As listas verdes e brancas generalizaram-se a partir de 1928, inspiradas nos equipamentos de râguebi, e são hoje uma poderosa imagem de marca do Sporting, um toque de personalidade e diferença que distingue os seus representantes por esse mundo fora. Nos fins da década de oitenta surgiu a publicidade, mas preservando sempre a genuinidade do equipamento sportinguista. A alta competição, a criatividade estética, o espectáculo e a dinâmica comercial de grandes instituições como o Sporting determinam variantes, mas o verde e branco e o leão identificarão sempre a mística do Clube.
1902 - 1920 Os verdes anos Em 26 de Agosto de 2002 o Sporting pode festejar legitimamente o centenário das suas raízes como Clube. Foi nesse mesmo dia do ano de 1902 que o Sport Club de Belas realizou o seu primeiro, e único, jogo de futebol, derrotando o Clube de Sintra em Seteais por 3-0. O rei D. Carlos e a família real presenciaram o acontecimento, integrado nas festas da Senhora do Cabo. O Belas era criação de jovens que passavam férias naquela localidade, entre os quais pontificavam os irmãos Francisco e José Maria da Ponte e Horta Gavazzo, que viriam a ser animadores da fundação do Campo Grande Football Club, em 1904, e do Sporting Clube de Portugal, em 1 de Julho de 1906. No seu único jogo, o Belas jogou de camisola branca e calções azuis, mantendo-se o branco na passagem para o Campo Grande, onde os irmãos Gavazzo se associaram a José Alvalade, Francisco, José e António Stromp e alguns outros conceituados desportistas da época, todos eles depois fundadores do Sporting sob a presidência do Visconde de Alvalade, avô de José Alvalade. Jogando no campo do Sítio das Mouras, considerado o melhor de Portugal, o Sporting adoptou o equipamento com a camisola de metades verticais verde e branca e calções brancos, que passaram a ser dominantemente pretos a partir de 1915. Actuando ainda pontualmente de branco, foi com a hoje designada camisola "Stromp" (e calções brancos) que os "leões" venceram o Grupo Sport Lisboa (depois Benfica) por 2-1, em 1 de Dezembro de 1907, naquele que foi o primeiro jogo entre os dois grandes rivais. Nesses verdes anos da sua existência os atletas do Sporting somaram títulos de ténis, atletismo, ciclismo e também de futebol: Campeonato de Lisboa (1915 e 1919) e Taça de Honra (1915 e 1916). No atletismo, António Stromp esteve nos 100 e 200 metros dos Jogos Olímpicos de Estocolmo. Laranjeira Guerra venceu o Porto-Lisboa de 1912 em ciclismo envergando uma camisola branca com uma larga faixa verde a meio.
1921 - 1940 Consolidação a verde e branco As décadas de vinte e trinta consolidaram o Sporting como um dos grandes do desporto em Portugal, tanto em futebol como nas outras numerosas modalidades onde se alicerçou o histórico ecletismo do Clube. No futebol, o Sporting ganhou os seus primeiros títulos à escala nacional, os Campeonatos de Portugal de 1923, 1934, 1936 e 1938, aos quais se juntam 11 Campeonatos de Lisboa entre 1921 e 1940. Outras modalidades surgiram entretanto no Clube, designadamente a natação, o pólo-aquático (dois Campeonatos Nacionais) e o hóquei em patins (primeiro título nacional em 1938-39), juntando-se a muitos títulos conquistados em esgrima, tiro, ginástica, atletismo, ténis e ciclismo - Voltas a Portugal de 1933, por Alfredo Trindade, e de 1940, por José Albuquerque, o "Faísca". Surgiu também o râguebi, modalidade que, além de títulos regionais proporcionou um acontecimento determinante na história do Sporting: a adopção do inconfundível equipamento às riscas horizontais verdes e brancas. O râguebi começou a ser praticado no Clube em 1922, mas em 1927 adoptou a camisola às riscas horizontais. A iniciativa partiu do fabuloso e polivalente atleta e dirigente Salazar Carreira, que vira jogar a equipa de râguebi do Racing de Paris e gostou da originalidade do equipamento - às riscas ... vermelhas e brancas. A adaptação foi possível mercê de autorização do clube francês. Em 1928 a equipa de futebol fez uma viagem ao Brasil e como os equipamentos do râguebi eram mais frescos e estavam em melhor estado de conservação os futebolistas usaram-no. A mudança foi um êxito e o Sporting conquistou assim uma nova imagem - uma marca inconfundível e um sinal de distinção. Além do "Stromp" até então usado pelo futebol, as outras modalidades utilizavam equipamentos que variavam entre o verde e o branco, com variantes a verde e preto e branco e preto. Gradualmente, os equipamentos das modalidades colectivas e de algumas individuais - atletismo e ciclismo - foram evoluindo para a versão às riscas. Esta é já uma realidade da imagem do Sporting nos anos trinta.
1941 - 1960 Vitalidade impressionante A camisola às listas como que catapultou o Sporting para feitos de grandeza ímpar, de que as décadas de quarenta e cinquenta foram exemplos impressionantes. O futebol do Sporting alcançou nesses anos proezas difíceis de repetir. Conquistou os Campeonatos Nacionais de 1941, 44, 47, 48, 49, 51, 52, 53, 54 e 58, as Taças de Portugal de 1941, 45, 48, e 54 e ainda os Campeonatos de Lisboa de1941, 42, 43, 45 e 47, ano em que a competição foi extinta. O Sporting venceu 18 das 41 edições do Campeonato de Lisboa. Nesses anos em que o Sporting venceu 7 dos 8 Campeonatos Nacionais disputados de 1947 a 1954 as camisolas verdes e brancas brilharam nos corpos dos "cinco violinos" - Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano - e dos seus companheiros que marcaram uma era no futebol nacional. O Sporting inaugura a Taça dos Campeões Europeus em 1955, ano em que José Travassos é o primeiro jogador português a ser convocado para uma selecção da Europa. João Martins foi o autor do primeiro golo da história da Taça dos Campeões Europeus, obtido no Estádio Nacional porque o Estádio José Alvalade só foi inaugurado alguns meses depois, a 10 de Junho de 1956. A vitalidade "leonina" não se ficou pelo futebol. De 1941 a 60 o atletismo conquistou 12 Campeonatos Nacionais de pista masculinos e 5 femininos, 10 de corta-mato por equipas, o andebol venceu 2 Campeonatos Nacionais, o voleibol outros tantos, o basquetebol 3, o ténis de mesa 6. As vitórias nacionais e regionais sucederam-se no ciclismo, no automobilismo, no ténis, na patinagem, no badminton, no tiro, na esgrima, no bilhar. Meio século depois da fundação, o Sporting atinge intenso esplendor no seu ecletismo. As camisolas às riscas verdes e brancas adquirem popularidade enorme a nível nacional e começam a ser bem conhecidas no estrangeiro. O principal equipamento alternativo do futebol é o "Stromp", embora seja usada também a camisola toda verde. As riscas, porém, entraram definitivamente na moda como imagem de vitória.
1961 - 1980 Vocação internacional Depois da afirmação interna como o grande Clube português, as camisolas verdes e brancas do Sporting rasgam fronteiras nas décadas de sessenta e setenta, afirmando-se internacionalmente em modalidades como o futebol, o atletismo, o ciclismo e o hóquei em patins. A equipa de futebol vence brilhantemente a Taça Europeia dos Vencedores de Taças em 1964, a culminar uma saga impressionante em que foi sujeita a três jogos de desempate, incluindo a final, e em que eliminou o Manchester United recuperando uma desvantagem de 1-4 com um histórico 5-0 em Alvalade. Dessa prova resta ainda um fantástico recorde das maiores goleadas de clubes em provas europeias: 16-1 ao Apoel de Chipre. O Sporting venceu ainda mais cinco Campeonatos Nacionais entre 1961 e 1980 e outras tantas Taças de Portugal. No ciclismo, entre nomes gloriosos como os de João Roque e Leonel Miranda avultou o de Joaquim Agostinho, tantas vezes mal-amado em Portugal - embora sempre ídolo intocável dos sportinguistas - mas rei e senhor nas estradas de França, onde deixou indeléveis marcas de classe e de heroísmo perante a adversidade. No atletismo, depois de Manuel de Oliveira ter ficado à beira da medalha olímpica nos 3000 metros obstáculos em Tóquio (1964), eis que o Sporting ganha a Taça dos Campeões Europeus de corta mato em 1977 e 1979. Carlos Lopes conquista a medalha de bronze olímpica dos 10 000 metros em Montreal (1976), aliás imitado pelo atirador Armando Marques em fosso olímpico. Lopes tornou-se campeão do mundo de corta mato nesse mesmo ano. Os magos do hóquei em patins - Ramalhete, Rendeiro, Sobrinho, Chana e Livramento - construíram no Sporting a melhor equipa do mundo talvez de sempre e trouxeram para o Clube a primeira Taça dos Campeões Europeus em 1977. O atletismo brilhou com mais 18 títulos masculinos e femininos em pista, o andebol seguiu o exemplo com 11 títulos (entre eles o único penta da história da modalidade), o basquetebol somou mais 3, o ténis de mesa mais 5. Nesses anos o equipamento de camisola branca e calções verdes surgiu frequentemente como alternativo, mas as décadas de sessenta e setenta marcaram em definitivo a vocação ganhadora das camisolas verde-brancas também a nível internacional.
1981 - présente Tempos modernos Nos derradeiros vinte anos do século XX o Sporting atravessou um período de menor fulgor no futebol, manteve dinâmica de campeão em numerosas modalidades e foi o primeiro clube português a reestruturar-se para os desafios do desporto no novo século. A entrada da equipa dirigente conduzida pelo dr. José Roquette criou uma dinâmica de renovação através da profissionalização interna, da criação de estruturas empresariais de apoio ao desenvolvimento desportivo e de valorização do património. A criação da Sporting, SAD para gerir o futebol e a decisão de construir um novo Estádio e um Centro de Formação e Estágio são pilares da reforma para que o Sporting, através dos seus próprios meios, possa projectar-se ainda mais em Portugal e na Europa. Depois de ganhar o Campeonato Nacional em 1982, o futebol sofreu um duro interregno e só voltou a festejar o título em 2000 depois de ter conquistado mais uma Taça de Portugal em 1995. O atletismo manteve o ritmo. Despediu-se do século com um feito único na modalidade: a vitória na Taça dos Campeões Europeus de pista em 2000. Um título a juntar às 14 Taças dos Campeões Europeus de corta mato, aos recordes mundiais de Carlos Lopes e Fernando Mamede, à medalha de ouro de Lopes na maratona olímpica de Los Angeles (1984) e aos seus mais dois títulos mundiais de corta mato, aos 8 títulos nacionais de pista masculinos e femininos. O ténis de mesa conquistou mais 14 títulos nacionais em 20 anos, o andebol mais 3, o voleibol mais 3, o basquetebol mais 2 e o hóquei em patins continuou a brilhar na Europa: 3 Taças das Taças e 1 Taça CERS. O futebol de 5 (futsal) entrou em cheio no Clube com 5 títulos nacionais desde 1991 e 1 Taça Latina. Revelando a interligação crescente entre o futebol e outras actividades económicas, as camisolas às riscas (e as alternativas) começaram a exibir publicidade - no futebol a partir de 1987, então com a FNAC. São apoios económicos que não afectam a tradição e a originalidade dos equipamentos do Sporting. E surgiram modelos mais ousados de equipamentos alternativos, com grande receptividade principalmente entre os sportinguistas mais jovens. O Sporting, recorda-se, é o Clube mais popular na juventude portuguesa.
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Sorry, guys, but I was in a little bit of a festive mood; not only is Sporting 99 years old, but my wonderful country Canada is also 138 years old today (yesterday ). Yes, Paul Silva, I am now done - for now!
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